Encarnação

Título: Encarnação

Autor: José de Alencar

Editora: Martin Claret

Número de páginas: 160

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Sinopse: "Romance do duplo, este último romance "urbano" de José de Alencar é o delírio poético da recusa da morte e da perda, na figura de Hermano, viúvo há bastante tempo de Julieta, e que mantém por ela um amor inalterado e uma fidelidade absoluta; e na figura dúbia de Amália, que se casa com Hermano e se torna a cada dia, mais semelhante a Julieta, na tentativa de fazer o marido amá-la."

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"Encarnação" é meu livro predileto de José de Alencar. A dualidade da relação entre a loucura (ou será razão?) de Hermano, aprisionado para sempre no amor que Julieta levou para o túmulo, e a carência de Amália, que em tudo se propõe a personificar a falecida Julieta é no mínimo inquietante. O livro é um tanto quanto mórbido, mas também é romântico. Herculano só queria Julieta de volta; Amália só queria o amor de Hermano.

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Amália é vizinha de Hermano, e desde criança acompanhava a vida do vizinho e sua esposa. Depois da morte de Julieta, Amália vê encantada a devoção de Hermano à memória da esposa. Para ela, nada poderia ser mais romântico e belo. Aos 18 anos, por curiosidade eo ver chegarem caixas e perceber uma silhueta de mulher na casa, Amália acaba se enamorando de Hermano. Se conhecem, se casam e ela vai viver na casa vizinha. Os aposentos de Julieta permanecem lacrados, intactos. Hermano se mantém distante de Amália. Logo ela descobre o porquê. Nos aposentos de Julieta, reside um boneco, personificação que o apaixonado Hermano mantém para acalmar seu coração enlutado. Mórbido? Sim. Mas também romântico e perturbador. Depois da confusão que o estranho boneco causa, Hermano e Amália se entendem, e logo nasce uma menina. A menina estranhamente possui traços de Amália e da falecida Julieta. Encarnação, talvez?